Pesquisadores do Instituto de Tecnologia Automotiva (IPTA) em Ribeirão Preto expressaram confiança em relação ao novo estudo que avalia o aumento do percentual de etanol na gasolina, de 27% para 30%. Durante um evento na sede do instituto nesta quinta-feira, a equipe compartilhou resultados preliminares que indicam que a mudança não implicará em problemas significativos para os veículos atualmente em circulação.
O diretor do IPTA, Carlos Mendonça, destacou que testes detalhados vêm sendo conduzidos desde o início do ano para avaliar o impacto da maior concentração de etanol em diferentes tipos de motores e modelos de carros.
“Até agora, os dados coletados apontam que a adaptação é viável e que não haverá necessidade de modificações técnicas nos veículos”, explicou Mendonça.
Além de verificar a compatibilidade com os carros, os estudos também examinam possíveis efeitos na emissão de poluentes e na eficiência energética.
A pesquisa busca oferecer uma base científica sólida para possíveis políticas futuras de combustíveis, alinhadas com as metas nacionais de redução de emissões de gases de efeito estufa.
O IPTA colabora com fabricantes de automóveis, universidades e especialistas em energia para garantir que todos os aspectos sejam considerados.
A expectativa é que os resultados finais do estudo sejam publicados até o final do próximo mês, após o que seguirão para avaliação do governo, que decidirá sobre a implementação da nova mistura.
Os defensores da medida argumentam que a aumento do uso de etanol pode fortalecer a independência energética do Brasil e promover uma indústria de biocombustíveis mais robusta, além de contribuir para o combate às mudanças climáticas. Porém, há setores que pedem cautela, solicitando análises adicionais para garantir o bom funcionamento de todo o tipo de veículo na nova mistura.